Quem
estipula uma aparência para o amor?
Quem
determinou os padrões de aparência para se apaixonar?
Hoje
vemos casais lindos e perfeitos na internet, na tv e muitas pessoas colocam na cabeça
que o parceiro ideal é aquele com corpos esculturais, cabelos sedosos, pele lisinha,
sorriso perfeito e condições sociais favoráveis, onde qualidades essas que
insistem em transbordar até as redes
sociais para todo mundo ver o “tal sucesso no relacionamento”.
Mas tudo
isso vale a pena até quando?
As
pessoas sofrem de carência afetiva por quê:
- Nem todo mundo é uma princesinha da Disney, senão você seria o príncipe, ou vice e versa;
- As vezes os “príncipes e princesas” encontram um amor sim, mas algumas vezes é o ogro ou a serva feia e por não ter os padrões “exigidos” pela sociedade para o sucesso no relacionamento, deixam o amor escapar por entre os dedos.
Então
você tem que aceitar ficar com qualquer pessoa que aparecer, mesmo com uma
aparecia feia, só para não ficar sozinho? NÃO!
É preciso
dar espaço, chance, oportunidade para saber quem é a pessoa que esta dentro
daquele corpo que você acha inapropriado para um relacionamento, esquecer o que
os amigos irão falar, pare de pensar em como vai ficar as fotos do casal nas
redes sociais, o que o ex bonitão ou a ex sensual vai comentar, se eles fossem
bons para você não teriam títulos de ex.
Comece
a viver com o que a pessoa tem a lhe oferecer, se entregue para ver até onde
vai valer a pena, deixe de olhar somente os cabelos sedosos para sentir o toque
do carinho, deixe de olhar somente o corpo esculpido para sentir o beijo, deixe
de ver a condição social para sentir o companheirismo, não veja somente a pele
perfeita e sinta o calor do respeito.
Fotos
de redes sociais são para mostrar o quanto você é “escravo” da sociedade. Nem tudo
o que é vivido é postado.
Ninguém
posta a briga com o namorado lindo por ciúmes onde um celular pode ter ido
parar numa parede todo destruído, não é postado a “patada” que tomou sem
motivos na mesa do café da manhã que estragou todo o dia de uma família, tão
pouco é postado as brigas onde homem mata mulher e mulher mata homem somente
por ciúmes, sentimento de pose ou pelo fim de um relacionamento abusivo.
Quantas
vezes alguém se interessou por você e só pelo fato de a aparência não ser
perfeita, você cortou o assunto antes de conhecê-la e dar a oportunidade?
Quantas
vezes você quis alguém que era o sonho em forma humana, mas esse sonho não correspondeu?
Responda essas perguntas para si mesmo.
O
ser humano é visual
Porém
antes de tudo isso o interessante é cuidado! Isso por que não ter uma aparência
agradável para alguns olhos, não significa que a vaidade e higiene deve ser
deixada de lado, isso não é questão financeira, mas de cuidado com o próprio corpo,
pois se ainda é possível cuidar da saúde dele e melhorar sua apresentação,
então deve ser feita, mesmo por que isso inspira amor próprio.
Pense
nisso!
Psicóloga Patrícia Soares
CRP 06/105543
Patricia, que texto!
ResponderExcluirOlha, te falo que faz muito tempo que leio sobre relacionamentos e a questão da importância que é dada a aparência para iniciá-los e até mesmo mantê-los. Ninguém aborda essa questão por esse ponto de vista que você abordou, que me parece tão essencial. Sempre aqueles mesmos clichês: "a beleza é relativa", "a beleza não importa", "não escolhemos a pessoa pela aparência". Mas espera ai, a verdade é que fazemos isso sim! Esse papo esconde a essência do problema, que é a que você trouxe muito bem no seu texto. A pessoa pode ter uma personalidade incrível, mas se ela não te agradar esteticamente, você não se apaixona. Por isso temos tantos relacionamentos destrutivos, violência e pessoas sofrendo para encontrar alguém (eu me incluo aqui). Porque somos rejeitados e rejeitamos sim pela aparência, muito mais do que gostamos de admitir. De onde vem isso? Razões biológicas? Espera ai, já não somos mais os mesmos primatas de milhares de anos atrás. Mídia e redes sociais? Com certeza! Quantas vezes você já viu casais e protagonistas de filmes considerados feios pela sociedade?
Pois é, dolorosa luta essa. Acho que a única maneira de vencê-la é romper com o mundo e o condicionamento que nos foi incutido desde crianças. Aprender (assim como alguém aprende a ler e a escrever) do zero, sem a influência de todo esse lixo, a se apaixonar de "olhos fechados". Entender que nos fizeram uma "venda casada", onde a felicidade no amor necessariamente vem junto com um(a) parceiro(a) belo(a).