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Autismo e Sexualidade


Crianças autistas crescem!


A maior parte dos estudos, matérias, abordagens são voltados para as crianças que apresentam o transtorno do espectro autista, porém essas crianças crescem, se tornarão pais e será que elas estão preparadas para esse crescimento?
Esse assunto não pode se tornar um tabu entre os pais, é preciso falar sobre isso, assim como acontece com os neurotípicos irá acontecer para jovens com autismo.

Com o crescimento vem todas as emoções e sensações de um adolescente típico, tais como; mudanças hormonais, mudança do corpo, vontade de namorar, curiosidade sexual, casamento, filhos.


É importante dizer que sexualidade é a maneira em que a pessoa entende o seu corpo, vai além do sexo, e quando ela é bem encaminhada, proporciona na vida deles uma melhor compreensão do desenvolvimento afetivo, irá passar por uma melhor puberdade, adolescência e vida adulta, facilitando a capacidade de se relacionar, construindo sua própria identidade e melhor autoestima.

As dúvidas quanto a sexualidade da pessoa autista não é apenas dos pais de como saber lidar, mas também da família e da escola, onde infelizmente há falta de orientação.

A pessoa com Autismo vai precisar de apoio para compreender o mundo a sua volta de forma a desenvolverem sua identidade como jovem e futuro adulto libertando-se do modelo infantil, de maneira definitiva, firme, vivenciando experiências da adolescência e da vida adulta.

Manter seu filho na infância por medo de dar a ele a liberdade e autonomia que ele merece ter, não é o correto, é preciso preparar essas crianças para a vida, infelizmente, pai e mãe não vivem para sempre, eles precisam estar preparados para terem responsabilidades da vida adulta.

Nos casos de autismo severo que apresentam maiores comprometimento da comunicação, é importante a realização de um trabalho comportamental com uma equipe multidisciplinar, para que esse jovem possa conseguir se expressar de forma adequada evitando atitudes e comportamentos considerados obscenos locais púbicos.

Não existe uma receita para ensinar as crianças com TEA sobre a sexualidade, isso porque, sabemos que nenhuma criança autista é igual a outra.

Por onde e quando começar?


Cabem aos pais ajudarem as crianças a construírem a sexualidade de forma leve, ficarem atentos às curiosidades que surgirem e respondê-las de forma clara e não fantasiosa.  A curiosidade do seu filho é o termômetro para saber o que e quando falar sobre o assunto. E por favor aposentem as cegonhas, certo!

Podem iniciar falando e ensinando sobre privacidade e respeito com o corpo, separar em grupos para a criança o que se pode fazer na frente das pessoas, o que se pode fazer apenas em casa ou no quarto/ banheiro e que NINGUÉM pode violar as partes intimas sem um consentimento, nem por brincadeira. É válido também fazer de forma ilustrativa, com recortes, contando histórias e mostrando exemplos do dia a dia.

É importante orientá-las para evitar os abusos, ensinando a criança a dizer não, a não fazer nada que agrade somente ao outro, ensinar a dizer ao outro onde ele pode ou não tocar no corpo dele.

A orientação sobre a sexualidade para a criança TEA, precisa ser clara, prática e pouco romantizada, a orientação feita de outra forma a criança pode não compreender corretamente.

Manter o jovem/adulto TEA em terapia é tão importante quanto na fase da infância.

“É preciso que as entidades governamentais identifiquem a problemática do autismo na idade adulta e ajam de acordo, pois o autista cresce e envelhece” (Fatima de Kwant)


Psicóloga Patrícia Soares
CRP 06/105543










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