A forte dependência emocional pelo outro
A
carência afetiva é a forte dependência emocional que se tem pela outra pessoa,
é sentir solidão mesmo estando rodeado de pessoas, e muitas vezes achar que,
para ser feliz e sentir-se amado, precisam incondicionalmente do outro não
importando como seja.
Muitas
pessoas vêm enfrentando esse problema que afeta homens e mulheres de todas as
idades, credos e classes sociais.
Então surge a pergunta, de onde vem tanta carência?
Essa
carência pode e na maioria das vezes está ligada a vivencia emocional na
infância, a falta de afetividade dos pais, ao abandono, a falta de atenção e a
rejeição.
Quando
criança depende-se emocionalmente dos pais ou tutores e a falta desse carinho
que engloba presença, parceria, companheirismo e orientações, ficam lacunas que na adolescência e na vida adulta,
essa falta se potencializa.
Por outro lado, a pessoa pode desenvolver esta carência
quando recebe excesso de cuidados na infância, gerando a sensação de dependência de
outra pessoa no dia a dia e até mesmo com relação ao amor, fazendo com que ela
acredite que sua alegria e felicidade sempre irão depender de alguém.
É aí
que começa a busca do preenchimento dessa lacuna a qualquer custo. O problema é
a busca constante para este preenchimento em lugares, coisas e pessoas, porém
nunca dentro de si.
É
preciso ter cautela com essa carência, ela pode nos colocar em problemas
difíceis de se resolverem mais tarde.
A
analista financeiro C.A.F, de 28 anos, sempre teve muitos problemas familiares e
consequentemente afetivos durante a sua infância. – “Sempre tive uma família
muito problemática, meus pais brigavam muito e eles sempre estavam muito
ausentes, trabalhavam bastante para que não faltasse nada de material para nós.
Porém o principal sempre faltou, que era o carinho, a atenção e a orientação.
Durante muitos anos eu sempre busquei sanar a falta desse amor e esse carinho
nos meus namorados e claro, nunca encontrei, com isso meus relacionamentos
sempre foram doloridos e frustrados. Buscava neles o carinho e a atenção que eu
nunca tive dos meus pais, eram uma relação de forte dependência emocional deles.
Hoje estou noiva e tenho uma relação muito bacana com meu noivo, o que me
ajudou muito foram os anos de terapia que fiz, assim pude entender e separar as
minhas emoções e sentimentos afetivos”, relata C.A.F.
As
relações amorosas tendem a ser frustradas sempre que se busca resolver o
problema de carência afetiva em outra pessoa.
A
carência é uma inimiga cruel, ela faz ver amor onde não existe, faz enxergar
carinho e afeto em uma relação toxica, faz o seu príncipe virar sapo e sua
princesa virar a bruxa má.
Para se livrar desse problema em
primeiro lugar, é preciso buscar maneiras de estar bem consigo mesmo. Não
se deve condicionar a sua felicidade às outras pessoas, quem faz
parte da sua vida deve estar ali para somar, e não para suprir suas carências.
Busque melhorar como pessoa, reconheça
suas qualidades e as valorize, mas saiba que todos têm defeitos, isso é
mais normal do que se imagina, aprenda a lidar com suas limitações e não
se diminua por qualquer motivo, mas se ame e se valorize.
O auxílio psicológico trás o
autoconhecimento e ajuda a entender e lidar melhor com as frustrações e
carências afetivas da sua infância, fazendo com que as suas escolhas e suas
relações amorosas tendem a ser mais leves.
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